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Dicas para elaboração de currículos para fisioterapeutas

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Dicas para elaboração de currículos para fisioterapeutas

Um Curriculum Vitae bem elaborado pode ser a porta de entrada para aquele estágio super concorrido ou o diferencial no processo seletivo do primeiro emprego. O currículo é um documento, e como tal deve seguir algumas normas. Embora o processo seletivo para fisioterapeutas seja em geral muito menos formal do que os das áreas tecnológica e empresarial, ainda assim o candidato deve estar atento a alguns detalhes. Na postagem de hoje quero deixar algumas dicas sobre como elaborar e principalmente sobre o que NÃO colocar no currículo.

Acho que antes de mais nada é preciso derrubar o mito que o currículo precisa ter várias páginas para impressionar o avaliador. Se neste exato momento você estiver elaborando seu primeiro currículo fatalmente vai cair neste erro e encher linguiça com informações do tipo onde cursou o ensino básico e até se fez curso de modelo e manequim (cara, não é zoação não! já avaliei o currículo de uma criatura que além deste tipo de “informação”, ainda botou uma foto de corpo inteiro fazendo pose sensual). Quando estiver escrevendo seu currículo, tenha em mente que ele será sua carta de apresentação ao empregador, e portanto, deve ser profissionalmente atraente e interessante (sem fotos sensuais, por favor), para assim despertar o interesse do avaliador lhe convocar para a entrevista.
Em resumo: Para ser eficiente e impressionar, o currículo não precisa ser muito extenso. Qualidade é sempre melhor que quantidade. Mas vamos deixar a ladainha de lado e ir ao que interessa:

QUE TIPO DE INFORMAÇÃO DEVO COLOCAR EM MEU CURRÍCULO?

Identificação Pessoal:

O que colocar:
Nome, Nacionalidade, naturalidade, data de nascimento, estado civil, endereço com CEP e número do CREFITO, telefone de contato e e-mail.

O que não colocar:
Não é necessário anexar foto (muito menos em pose sensual), nem informar RG, título de eleitor, CPF, nome dos pais, número de filhos ou cor favorita.

Formação Acadêmica:

O que colocar:
Onde cursou a graduação e a data de término. No caso de ainda não ter se formado, informe a data prevista para a conclusão do curso. Cursos de pós-graduação, com o nome do curso, instituição, carga horária e data (ou previsão de conclusão). Lembrando que aqui só valem os cursos tipo peso-pesados, como especialização, MBA, mestrado e doutorado. E também os cursos que tenham grande apelo comercial, como Pilates e RPG por exemplo.
Também é legal comunicar aqui a certificação em cursos de línguas estrangeiras, não esqueça de informar se o nível é básico, intermediário ou avançado.

O que não colocar:
Onde cursou o segundo grau e muito menos cursos fora do contexto profissional (modelo e manequim, por exemplo).

Experiência Profissional:

O que colocar:
Aqui você vai informar os locais em que trabalhou e a data de admissão e saída (Exemplo: de janeiro de 2008 a agosto de 2009). Se você exerceu cargo de chefia, coordenação ou se participou de alguma realização importante em seu local de trabalho, como por exemplo: implantação do programa de ginástica em determinada empresa bem como organização de Congressos ou cursos de pós-graduação.
Observação: Como disse anteriormente, existem algumas normas para elaboração de currículos. Uma delas orienta o candidato a informar as suas experiências profissionais em ordem decrescente, ou seja, o seu último emprego (ou o atual) deve vir no topo da lista.
Dica: Se você ainda não se formou ou se é recém formado, é uma boa colocar seus estágios, mesmo os curriculares. Informe se eles foram remunerados ou voluntários, o local e a data de admissão e saída.
IMPORTANTE: Se o seu estágio foi não remunerado, use a expressão trabalho voluntário. Isso impressiona mais o examinador e é bem mais agradável do que “não remunerado”.

O que não colocar:
Motivo da saída do emprego anterior. Se coloque no lugar do avaliador: Você convocaria para entrevista um candidato que tenha saído do emprego anterior por divergências com a administração, justa causa, motivos salariais, diminuição de pessoal, ou que esteja processando o antigo empregador?
Também evite colocar a pretensão salarial . . . infelizmente a situação atual da fisioterapia brasileira não permite este tipo de luxo.
Se edita um blog de fisioterapia na internet só inclua se for relevante para a vaga que está se candidatando. Ter um blog ainda não vale pra prova de títulos.

Cursos de Aperfeiçoamento:

O que colocar:
Lembra que eu pedi pra colocar na formação acadêmica apenas os cursos peso-pesados ? Pois bem, agora é o momento de você incluir aquele curso de aperfeiçoamento que não tem uma carga horária tão grande pra ser pós-graduação, mas que vale a pena ser destacado, como por exemplo um curso de ventilação mecânica, Mobilização Neural, Kinesio Tapping, Mulligan, etc…
Importantíssimo: Arrume-os em ordem de importância em relação ao local em que está enviando o currículo. Exemplo: Se você está enviando o seu currículo par o CTI de um Hospital, não adianta colocar em primeiro lugar o curso de pilates ou crochetagem. O examinador vai torcer o nariz e terminar de ler seu currículo menos impressionado do que se você tivesse começado com um curso de ventilação mecânica. Lembrando novamente de incluir a carga horária.

O que não colocar:
cursos que você não fez, mas que aprendeu de orelhada com algum colega… cuidado, um dia a casa cai !

Experiência em Pesquisa, Trabalhos Apresentados em Congressos, Simpósios e Seminários.

Se você teve algum trabalho apresentado em congresso ou publicado em revista científica esta é a hora de apresentá-lo. A propósito, só inclua participação em seminários, Simpósios e Congressos como ouvinte se forem realmente importantes. Ex: Não desperdice o tempo do avaliador informando que você participou como ouvinte dos 5 Simpósios de fisioterapia da clínica X ou da Faculdade Y. Porém se você participou de congressos ou simpósios bastante específicos, como por exemplo: participação como ouvinte do XXII Congresso Internacional de Reabilitação de Jogadores Profissionais de Boliche, aí sim vale a pena incluir no currículo. Mais uma vez lembrando de colocar APENAS se for uma informação relevante para a vaga e local a que está se candidatando. Se você participou da orientação de TCC ou pós-graduação também informe aqui.

PRA TERMINAR:

Algumas dicas finais:
Escreva de maneira objetiva e honesta. Não invente ou aumente suas qualificações;
Ler, reler e checar possíveis erros gramaticais e também o tipo de letra que você usou (misturar muitos tipos pode prejudicar a leitura do currículo).
Pedir a um(a) professor(a) que leia seu currículo, pois a opinião de um profissional experiente é sempre boa, além de não deixar passar pequenos erros.
Tendo em vista que nossa vida está cada vez mais exposta na WEB, e que não raro as pessoas te procuram no Instagram, Facebook, Twiter e afins, cuidado com a sua imagem pessoal na WEB, principalmente com as postagens que possam comprometer sua imagem profissional. Pelo amor de Deus, evite coisas do tipo “Me amarro em dormir no trabalho”, “Odeio escrever em prontuário”, “Já ganhei uma grana em causa trabalhista” e por aí vai… Algumas destas postagens podem até ser engraçadas, mas bote na cabeça que você não é mais adolescente!

Pois é pessoal,
Boa sorte na entrevista!!

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