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Porque existem 8 pares de nervos cervicais, mas somente 7 vértebras?

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Essa é uma dúvida frequente que surge ao se estudar pela primeira vez a anatomia da coluna cervical. Se cada nervo está associado a uma vértebra, porquê temos um nervo C8 se não existe a vértebra C8?
De fato, isso parece uma enorme contradição anatômica, mas existe uma explicação bem simples para isso.

Primeiramente vamos definir os limites anatõmicos da região cervical; isso parece simples (e de fato é), mas precisamos estabelecer critérios bem definidos para não correr o risco, por exemplo, de dizer que o osso occipital está na região cervical. Dessa forma, anatomicamente falando, para que uma vértebra seja classificada como cervical, ela precisa estar localizada entre o osso occipital e a primeira vértebra torácica.

Observe na imagem abaixo os pares de nervos espinhais localizados entre o occipital e a primeira vértebra torácica

Como o primeiro par de nervos espinhais (C1) surge entre o osso occipital e a primeira vértebra cervical, portanto dentro dos limites anatômicos da região cervical, esses nervos receberam o nome de primeiro par de nervos cervicais espinhais, ou simplesmente C1 (para os íntimos).

Mas essa regra de batizar os nervos com o nome da vértebra inferior enfrenta um dilema ao chegar na vértebra C7. Isso porque o limite anatômico inferior da região cervical é a vértebra T1. Ora, se o último nervo cervical ainda encontra-se dentro dos limites anatômicos da região cervical, não faria muito sentido chamá-lo de primeiro nervo torácico.

Pois bem, para solucionar esse problema os anatomistas decidiram que, embora não exista uma oitava vértebra cervical, excepcionalmente esse último par de nervos receberia o nome de C8 e que os pares de nervos seguintes seriam batizados com o nome da vértebra superior do forame intervertebral de onde emergem.

E essa é a explicação de porque existem 7 vértebras e 8 nervos na região cervical.
Gostou? Espero que esse texto seja útil.

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