Pular para o conteúdo

Prova comentada do Concurso Público da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil – Parte 3 questões 41 a 50

41. Nas lesões traumáticas do plexo braquial, quanto mais precoce a reparação microcirúrgica, melhor será o prognóstico. O tratamento fisioterapêutico pós-operatório passa principalmente por:
A) Aliviar a dor
B) Normalizar os movimentos cervicais
C) Alongar os componentes do manguito rotador
D) Fortalecer os músculos escalenos
E) Combater a hipotonia com exercícios de alta intensidade
Para responder a esta pergunta recorri a uma colega especialista em lesões de plexo. Ela me explicou que o maior problema de um paciente com lesão de plexo é a dor neuropática devido ao neuroma que se forma na área da lesão. Sendo que a dor é muito freqüente no pré e no pós-operatório, portanto a alternativa mais correta seria a alternativa A. Entretanto o gabarito desta questão é a alternativa B.
Considerando a alternativa B, é importante citar que os pacientes com lesão de plexo também sofrem de alterações do posicionamento de cintura escapular e cervical por assumirem posturas antálgicas no pós-operatório. Uma explicação para o gabarito ser B ao invés de A seria talvez pelo fato da banca julgar que o alívio da dor deva ser realizado por medicamentos, e não por medicamentos + eletroanalgesia . . . Vai saber!!!

42. As síndromes dolorosas crônicas de origem miofascial são muito freqüentes na prática clínica diária. O desenvolvimento de pontos-gatilho está quase sempre associado a estas síndromes.
O tratamento da dor e das alterações secundárias musculares tendinosas e ligamentares são os maiores objetivos a serem alcançados visando diminuir a incapacidade funcional do paciente, sendo o calor um dos principais recursos nas fases subagudas e crônicas dessa síndrome.
A alternativa que fundamenta alguns efeitos fisiológicos do tratamento fisioterapêutico é:
A) O alívio justificado pela Teoria das comportas de Melzack e Wall (1982)
B) a diminuição da rigidez muscular pelo aumento da plasticidade ligamentar
C) a diminuição do processo inflamatório localizado, manifestado na fase aguda
D) a diminuição do espasmo muscular quando associado ao uso do TENS
E) o aumento da distensibilidade do tecido colágeno, por fazer predominar suas propriedades viscosas sobre as propriedades elásticasGabarito . . . Não sei explicar esta resposta. Parece que a banca se apoiou em alguma nota de rodapé de livro. Se alguém souber a resposta, por favor deixe um comentário.

43. A presença dos nódulos de Haberden e Bouchard na mão freqüentemente comprometem o processo de recuperação da saúde funcional, e estão associados a algumas patologias como por exemplo:
A) gastrectasia e artrite reumatóide
B) osteoartrite e tendinopatia de De Quervain
C) artrite reumatóide e contratura de Dupuytren
D) osteoartrite e síndrome de Reynaud
E) osteoartrite e dedo em marteloA osteoartrite nas mão compromete as articulações interfalangianas proximais (IFP) e as distais (IFD), local em que se desenvolvem saliências ósseas de aspecto nodular facilmente identificável, na face dorsolateral das falanges, denominadas de nódulos de Heberden, quando localizados nas IFD, e de Bouchard, quando nas IFP. Esses nódulos são considerados a marca registrada da osteoartrite de mãos. Portanto, embora o Gabarito seja alternativa A, esta opção não faz o menor sentido pois gastrectasia segundo o dicionário médico refere-se à uma dilatação anormal do estômago.Espero que esta questão tenha sido anulada
Links: Doenças osteoarticulares degenerativas periféricas

44.O processo de restauração da saúde funcional do paciente submetido a tratamento cirúrgico da síndrome do desfiladeiro cervicotorácico se fundamenta na cinesioterapia.
Os objetivos fisioterapêuticos são:
A) Alívio da dor, relaxamento muscular e prevenção de deformidades
B) alivio da dor, restauração do arco de movimento – ADM – da coluna cervical e prevenção das contraturas de De Quervain
C) relaxamento muscular, prevenção de deformidades e prevenção de trombose venosa profunda
D) prevenção de deformidades, diminuição da parestesia do membro superior e fortalecimento muscular precoce
E) relaxamento muscular, alivio da dor e prevenção de trombose venosa profunda
Gabarito alternativa A
Leiam a monografia: Intervenção Fisioterapêutica em pacientes com Síndrome do Desfiladeiro Torácico: Revisão Bibliográfica
45. No pós operatório imediato das artroplastias de quadril, vários cuidados referentes ao deslocamento de cargas e exercícios de altas intensidade devem ser observados.
Na fase final do tratamento fisioterapêutico, as recomendações mais freqüentes são:
A) mobilização passiva da articulação e exercícios antitrombóticos
B) iniciar a reabilitação da marcha e exercícios respiratórios
C) hidroterapia e bicicleta sem carga
D) exercícios pliométricos e dinâmica de deslocamentos multidirecionais após a 12a semana
E) exercícios pliométricos e funcionais para o controle da dorAssumindo que tudo correu bem durante a fase aguda de recuperação pós artroplastia de quadril, então estaremos diante de um paciente deambulante sem necessidade de dispositivos auxiliares e sem dor. Então as alternativas A, B e E podem ser sumariamente consideradas falsas. Resta-nos as alternativas C e D. Ora, se temos um indivíduo que deambula sem dor e sem nenhuma outra restrição, devemos impor a ele um programa de reabilitação que gere desafios à suas respostas funcionais de força e propriocepção. Neste contexto, a hidroterapia e a bicicleta sem carganão cumprem este papelGabarito: Alternativa D

46. Os exercícios pendulares com elevação anterior passiva e rotação externa passiva de 40º, feitos em supino são indicados no tratamento conservador de fraturas:
A) de Colles
B) de Monteggia
C) Transtrocanteriana femoral
D) Proximais do úmero
E) distal e diafisárias do úmeroFratura de Colles e Monteggia envolvem o antebraço. O cotovelo não realiza o movimento de rotação externa, portanto as alternativas A e B são falsas. O tratamento conservador de fraturas em região proximal de ossos longos como fêmur e úmero envolvem a restrição de movimento. No caso do úmero, a imobilização do braço tem o objetivo de evitar movimentos na glenoumeral. Portanto a sequência de movimentos exemplificada não pode acontecer. A fratura distal e diafisária do úmero, permitem o movimento na articulação glenoumeral mesmo com a imobilização por gesso.
Gabarito: Alternativa E
47. A fratura do colo do fêmur é freqüentemente associada à osteoporose. Contudo um movimento rotatório de alta velocidade seguido de queda também pode provocá-la.
Os cuidados principais no pós operatório imediato das artroplastias de quadril são:
A) Manter a flexibiliade da cadeia muscular reta posterior e controlar a postura no leito durante o repouso absoluto nos primeiros 10 dias de pós-operatório
B)Precocidade no primeiro levante e marcha independente nas primeiras 48hs de pós-operatório
C) Precocidade na marcha e exercícios com 80% da carga máxima para quadríceps e ísquiotibiais D)prevenção de úlceras de decúbito e exercícios de força o mais precocemente possível
E) Precocidade na marcha e normalização do arco de movimento – ADM – ativo e passivoRepouso absoluto nos primeiros 10 dias de pós-operatório??? Hahaha, isso é medieval! Alternativa A erradíssima. Nos casos de Artroplastia total de quadril, a ortostase deve ser o mais precoce possível SEMPRE! e a evolução para marcha com muletas ou andadores deve seguir-se a ela.Gabarito: Alternativa B

48. A intensidade do exercício prescrito para o idoso acamado é indicada para desenvolver força e restaurar a função.
O treino de alta intensidade deve ser feito com:
A) 60 a 80 % da carga máxima com mobilização de mais de 1/6 da musculatura esquelética
B)100% da carga máxima, com 20 repetições em cada uma das três séries de exercícios
C)30% da carga máxima tentando atingir a freqüência cardíaca máxima (FCmáx) no maior espaço de tempo.
D)30% da carga máxima, com 2 séries de 10 repetições objetivando atingir a freqüência cardíaca máxima
E)100% da carga máxima, respeitando a exaustão.Como eu não entendo absolutamente nada sobre reabilitação cardíaca, esta questão foi gentilmente respondida pelo leitor do blog João Paulo. Valeu João!!!!!
Alternativa B e E estão erradas, devido que o programa de treinamento com carga necessita antes fazer o teste de 1 RPM ( 1 repetição máxima) dessa carga tira-se 50 a 70% da carga máxima e assim escolhemos a carga a ser utilizada para o treinamento. utilizar 100% da carga inviável. A C e D tem no enunciado Freqüência cardíaca máxima em um paciente idoso acamado, inviável não tem como um paciente acamado atingir frequência cardíaca máxima. Restando apenas a letra A que entra na minha explicação anterior de 1 RPM.
Gabarito: Alternativa A

49. Nas fraturas diafisárias do fêmur na criança, o uso de fixação externa permite a movimentação precoce do paciente. A maior dificuldade encontrada pelo fisioterapeuta durante o tratamento é:
A) Restaurar a função do tornozelo
B) Preservar o trofismo do quadríceps contralateral
C) Realizar o apoio com o membro inferior operado
D) Evitar o desenvolvimento de síndromes dolorosas nos ombros pelo uso de auxiliares de marcha
E) Manter a higiene dos pinos após a sessão de hidroterapia
A priori, uma fratura da diáfise femoral não é motivo para gerar restrição da articulação do tornozelo. Portanto a alternativa A está incorreta. As questões B e D não merece comentário, e a alternativa E é simplesmente ridícula. O uso do fixador externo permite a descarga de peso sobre o Membro Operado. Aliás, esta descarga de peso é encorajada para estimular a formação do calo ósseo. Neste sentido, os pacientes têm muito receio em apoiar o pé no chão com medo da dor.O Gabarito é a alternativa C

50. As hemiartroplastias de ombro nos idosos ou as artroplastias totais são indicadas nas fraturas multifragmentadas da cabeça umeral.
No pós operatório imediato, durante a hospitalização, deve-se observar, durante o tratamento fisioterapêutico, as seguintes manifestações.
A) Restrição antálgica da amplitude de movimento do ombro e a restrição funcional da extensão do cotovelo
B) Perturbações da marcha e do equilíbrio decorrentes da cirurgia
C) Alteração da função do manguito rotador e da coluna cervical, entre o 2o e 3o dias de pós operatório
D) Edema de estase em ambas as mãos e déficit da função diafragmática
E) Déficit ventilatório e alterações posicionais na amplitude de movimento do segmento vertebral lombar.O gabarito oficial é alternativa B. No entanto esta resposta não faz sentido, aliás, nenhuma das respostas faz sentido. Mais uma questão que só a banca é capaz de explicar a resposta.

Marcações:

3 comentários em “Prova comentada do Concurso Público da Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil – Parte 3 questões 41 a 50”

  1. Me chamo Roberto, gostei muito do seu site e conteúdo,
    e até salvei aqui nos Favoritos para ler com calma outras
    postagens depois. Quero saber se Vocês aceitam parcerias
    para troca de Backlinks para aumentar as suas visitas reais?
    Se tiver interesse em melhorar seu posicionamento e o
    número de visitantes com Tráfego Orgânico, entre no meu
    site tambem (TrafegoParaSite.Com.Br) e Cadastre-se
    Grátis.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *